Federação Brasileira de Gastroenterologia, que é filiada da Organização Mundial da Saúde, promove ações do Dia Mundial da Saúde Digestiva celebrado dia 29 de maio, que neste ano tem como tema a Doença Inflamatória Intestinal.
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) cuja prevalência e incidência no Brasil tem sido crescente na última década será o tema do Dia Mundial da Saúde Digestiva de 2017, a ser celebrado no dia 29 de maio. A data faz parte do calendário global de ações da Organização Mundial de Saúde, da qual a Federação Brasileira de Gastroenterologia é filiada e, portanto, também estará envolvida nesta campanha de conscientização da população sobre o tema através de seu Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB). Este grupo formado ha 14 anos por médicos e profissionais de saúde envolvidos em pesquisa e na assistência de pacientes com DII tem como objetivo realizar educação continuada nas diferentes especialidades envolvidas no atendimento de pacientes com DII, desenvolver diretrizes e consensos norteadores de ações no diagnostico e tratamento da doença, e estimular o desenvolvimento de pesquisa nesta área. O GEDIIB desenvolve anualmente diferentes ações nacionais durante o mês de maio , denominado de Maio Roxo, em conjunto com Associações de pacientes e outras Sociedades afins.
O que é a DII
A DII se caracteriza pela presença de um processo inflamatório crônico do trato digestório , em especial no intestino, órgão responsável pela digestão de alimentos, absorção de nutrientes e água, e eliminação dos resíduos não aproveitados pelo organismo através das fezes. Os tipos principais de DII são a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite ulcerativa (RCU). A DC pode acometer qualquer segmento do trato gastrointestinal de forma descontinua , e a RCU afeta apenas o cólon de forma continua por diferentes extensões intestinais. Seus sintomas principais e clássicos são: Diarréia crônica, dor abdominal tipo cólica recorrente, presença de sangue nas fezes, perda de peso, febre, e parada de crescimento em crianças e adolescentes. Fadiga, anemia, constipação e manifestações extraintestinais como problemas articulares, ou dermatológicos também podem estar presentes.
Até o momento a DII não tem cura, sendo que seu tratamento tem como objetivo controlar os dos sintomas, manter o estado nutricional do paciente, evitar internações e cirurgias, e reduzir o impacto da doença na qualidade de vida do paciente. Segundo o GEBIID, o diagnostico precoce, assim como a implementação de tratamento adequado , principalmente nos primeiros anos de doença, são fundamentais para estes pacientes e para o Estado, pois os custos do tratamento podem ser bastante onerosos para a rede de saúde pública.
“O impacto da DII na saúde pública brasileira ainda carece de informações e dados precisos sobre a doença no Brasil, tais como a estimativas de prevalência e incidência avaliações econômicas de custos diretos (exames, drogas, serviços médicos, hospitalizações) e avaliações econômicas de custos indiretos (aposentadorias precoces, absenteísmo) gerados pela doença”, diz a Dra Cyrla Zaltman, presidente do GEBIID.
fonte: Associação Médica Brasileira