O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entre elas infarto e acidente vascular cerebral, um importante fator de risco de morte. Entre as complicações decorrentes do excesso de colesterol está a aterosclerose, um acúmulo de placas de gorduras nas artérias que impede a passagem do sangue e pode causar problemas cardíacos, como infarto, e acidente vascular cerebral.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam que as DCV representaram mais de 30% dos óbitos no mundo em 2015 e em países em desenvolvimento, como o Brasil, atingiram mais de três quartos das causas de morte.
Em adultos, geralmente o excesso de colesterol no sangue está associado à obesidade, alimentação inadequada e falta de exercícios físicos. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol é o consumo excessivo de gordura saturadas e gordura trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete.
Mesmo quem não costuma comer muitos alimentos industrializados e gordurosos pode ter problemas com o colesterol. Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas de hábitos saudáveis. Para manter o colesterol controlado e a saúde em dia, faça exames regulares, mantenha uma alimentação adequada e saudável e pratique exercícios físicos.
O controle e tratamento das DCV e seus fatores de risco envolvem, além da prescrição medicamentosa, mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física e a adoção de uma alimentação adequada e saudável, baseada na ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados
O que é colesterol?
O colesterol pode ser considerado um tipo de gordura (lipídio) produzido pelo organismo, que desempenha funções essenciais como a produção de hormônio. Nosso sangue é composto por dois tipos de colesterol: o LDL, que é conhecido como ruim por entrar nas artérias, provocando seu entupimento; e o HDL, conhecido como bom, por retirar o excesso de colesterol das artérias, impedindo seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.
LDL colesterol: Lipoproteinas de Baixa Densidade (LDL-c) – responsáveis pelo transporte de colesterol, produzido pelo fígado, para as células, onde serão utilizadas.
Se existir excesso de LDL-c na circulação, sem aproveitamento pelas células, aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura). Por isso o LDL-c é chamada de “mau” colesterol.
HDL colesterol: Lipoproteinas de Alta Densidade (HDL-c) – responsáveis por retirarem o excesso de colesterol da circulação, levando de volta para o fígado. Por tal eficiência ele é considerado como “bom” colesterol. A função do HDL-c é carregar o colesterol de outras partes do corpo de volta para o fígado. O fígado, então, vai remover essa gordura do organismo. O fígado pode excretar ou reutilizar estas HDL-c.
Orientação Alimentar
Para orientar os profissionais de saúde da Atenção Básica, de maneira individual ou coletiva, para que orientem a alimentação de indivíduos portadores de fatores de risco cardiovasculares, a fim de promover a saúde e apoiar a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros, o Ministério da Saúde disponibiliza o “Alimentação Cardioprotetora: Manual de orientações para profissionais de saúde da Atenção Básica”.
A Alimentação Cardioprotetora Brasileira, também chamada de Dica Br, foi elaborada com base em alimentos tipicamente brasileiros, para proteger a saúde do coração. A Alimentação Cardioprotetora está em sintonia com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, incluindo em suas orientações apenas alimentos in natura, minimamente processados e processados. Porém, indivíduos com algum risco cardiovascular devem receber orientações específicas no manejo da alimentação. Quem pode seguir as orientações da Dica Br? A Alimentação Cardioprotetora Brasileira pode ser feita por qualquer pessoa, mas é indicada especialmente para indivíduos com: Excesso de peso ou obesidade; Pressão alta; Diabetes; Colesterol alto; Triglicérides alto; Histórico de infarto e cirurgia do coração (pontes safena ou mamária); Histórico de derrame cerebral (AVC).